As empresas devem sempre observar o que se diz delas na Web e nos meios de comunicação tradicionais. A questão que se coloca é saber se devem ou não intervir nos blogs e noutras facetas da web que permitam interacção.

Eu defendo a transparência das empresas, por isso aceito que participem nos blogs, wikis e outros websites. Desde que devidamente identificadas. Colocar comentários falsos ou anónimos torna-se nocivo para a imagem da organização.

Um exemplo prático disto aconteceu há uns meses e reflectiu-se aqui no relações públicas, quando a vodafone criou um blog falso.

Mas o pior foi mesmo a reacção geral dos bloggers. Já se sentiam enganados quando a vodafone criou o blog inicial, pior se sentiram quando descobrem funcionários da vodafone a “plantar comentários”.

Teria sido diferente se os funcionários da vodafone se tivessem identificado, se o blog inicial se apresentasse como fictício.  O resultado foi que a vodafone perdeu o apoio dos bloggers.

O que se pede de uma organização que opte por participar na blogosfera é simples:

  • Devem identificar-se nos comentários,
  • Não devem puxar muito pela marca e pela imagem institucional;
  • Podem transmitir a sua posição oficial, argumentando com factos e não com publicidade;
  • Têm de descer do pedestal e fomentar o diálogo;

O Steve Rubel já mencionou o tema antes, infelizmente não encontrei o post que procurava. No entanto encontrei um artigo sobre o nível de participação online. A mensagem final é muito clara, mais de metade das pessoas que navegam pela web são espectadores. São eles que vão prestar mais atenção aos blogs e aos comentários. Dai que estes se tornem importantes para campanhas de Word of mouth ou de marketing viral.

Criar uma imagem de marca (branding), ou reagir a situações de crise, não está no patamar do marketing. E neste caso participar nos blogs é importante.