Estou completamente de acordo com a luta actual dos professores. Principalmente porque a tenho observado através do blog A Educação do Meu Umbigo. Mas isso não me impede de achar que as duas partes da questão se estão a esforçar no sentido errado.

Isto foi uma conclusão que surgiu ao regressar do Euroblog, onde foram debatidas várias questões de ensino de relações públicas e social media.

Mas o que foi dito pode estender-se a toda a área da educação. Os professores estão prestes a encontrar alunos que nasceram na era web 2.0 e que por isso mesmo requerem um ensino diferente.

Kaja Tampere, da Universidade de Jyväskylä na Finlândia, comentou que ensinar crianças e ensinar adultos implica usar métodos diferentes. Concordo, porque do meu ponto de vista os adultos querem aprender mas isso não significa que queiram ser ensinados. E esse comportamento também se observa nos adolescentes.

Como tal, acho que o ideal é seguir a metodologia da formação profissional. As vantagens são claras. Para começar o professor coloca-se ao nível dos alunos, dirige e participa no diálogo. Além de que como método de ensino tende a ser mais variado.

Para contextualizar, podem ver o exemplo que Thomas Pleil deu na sua apresentação.

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O que vemos na apresentação é a aplicação das tecnologias de Social Media nas salas de aula. Não é apenas importante na aquisição de conhecimento. É também uma óptima forma de desenvolver as capacidades sociais dos alunos. A web já é uma forma de sociabilização há muito tempo, e é importante que os alunos as conheçam e aprendam a usar bem.

Mas e a respeito do conteúdo?

Quanto a isso a apresentação de Richard Bailey e Helena Makhotlova tem uma série de ideias relevantes. A principal é que os “Digital Natives” só se mantêm atentos por cinco minutos. Por isso os conteúdos devem ser Sintetizados, Pesquisáveis, Possíveis de ler na diagonal, e diversificados.

Nem estamos a falar de um futuro distante, estamos a falar de algo que já se vai fazendo sentir em todas as salas de aula. E por vezes à frente de professores completamente descontextualizados desta realidade.

Mas em vez de preparar o sistema de ensino estamos a ver a aplicação de técnicas de avaliação que estarão obsoletas no futuro. Nada impedia o ministério de aplicar métodos de análise do sistema de ensino que recolhesse informação a partir das redes sociais que se formam dentro e fora das salas de aula. Até porque, pelo que tenho lido, a avaliação dos professores não tem em conta alguns esforços invisíveis. Coisas como dar a morada de email aos alunos e responder às perguntas que eles possam ter. Mesmo quando isso implica perder horas de sono.

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