Colocaram-se algumas questões sobre o défice de atenção na conferência da Internacional Academy of Business Disciplines em Salamanca que decorreu de 18 a 21 de Junho (2008).

Em suma, refere-se ao facto de a tecnologia permitir tantas fontes de informação e formas de comunicação que as pessoas se sentem pressionadas, chegam mesmo a perder o controlo e a entrar em estados de ansiedade. A isto junta-se a pressão das empresas em ter funcionários produtivos.

Num comentário mencionei a ideia de geek 2.0: alguém que se concentra em formas de a usar a tecnologia para tornar a vida mais fácil. O blogger que conheço que mais se aproxima desta ideia é o Ricardo do blog NaWeb2. Ele consegue gerir mais de 1400 feeds rss.

Mas é preciso ter em conta que não temos todos os mesmos níveis de literacia informática. Algumas pessoas limitam os seus conhecimentos à utilização das aplicações do Office.

E o que é que isto tem a ver com relações públicas? Simples, se queremos entrar num diálogo com alguém precisamos de saber a que tipo de pressões a pessoa está sujeita, de que modo procura informação e quais são as fontes mais influentes. Além disso, conforme a pessoa se aproxima ou afasta de um estereótipo de Geek – 2.0 ou mais tradicional – melhor compreendemos a sua forma de funcionar, procurar e processar informação.

Isto também obriga a um esforço adicional dos profissionais de comunicação que queiram realizar acções online. Têm de conseguir acompanhar vários blogs, usar as mesmas ferramentas que os bloggers e acompanhar o diálogo que surge mesmo quando não se relaciona com os seus objectivos.

A esses profissionais é pedido que tenham a capacidade de processar informação em tempo real. E isso implica estratégias de captura de informação, processamento e tomada de decisão.