A Meios e Publicidade mencionou o caso Motrin, um medicamento que foi mencionado no twitter como reacção a um novo anúncio.

A reacção no twitter a este anúncio foi quase imediata e eventualmente levou a que o anúncio fosse retirado do mercado:

Num artigo de comentário, Neville Hobson perguntou “onde está a voz genuína” (tradução livre). Referia-se ao pedido de desculpas da Motrin, publicado no website:

Com tudo isto e com o facto de se tratar de um produto da Johnson&Johnson, uma empresa que costuma ser um exemplo de relações públicas, era de esperar que a Meios e Publicidade tivesse feito um artigo bastante completo. Certo? Talvez a explicar aos leitores o que é o twitter de que modo funciona por exemplo.

Errado. O texto do artigo foi o seguinte:

A Johnson & Johnson foi obrigada a retirar do ar a campanha de promoção do medicamento Motrin, que referia o transporte de crianças com faixas a tiracolo como causador de dores nas costas das mulheres, sugerindo ainda como solução o uso do produto. A acção de comunicação foi para o ar nos Estados Unidos no fim-de-semana, mas acabou por ser retirada no domingo à noite, depois de algumas mães reagirem mal à campanha através do Twitter. O grupo pôs em causa a veracidade da mensagem e acusou a J&J de estar mal informada sobre o assunto. No site da Motrin foi colocado um pedido de desculpas assinado pela directora de marketing com a promessa que a campanha iria deixar de ser veiculada.

E seguia-se o vídeo do anúncio.

O que me deixou desiludido foi a abordagem resumida de um estudo de caso que se desenrolou a uma velocidade vertiginosa.

Acho que está na altura de as publicações sobre comunicação subirem a fasquia dos artigos e até das campanhas que mencionam, e do meu ponto de vista, a Meios e Publicidade está em posição para o fazer. Só precisam de apoiar e incentivar mais os jornalistas que fazem parte da redacção.