Segundo a Flávia, este tema apenas foi comentado nas conversas da Unicer.

E a razão para isso é compreensível, é algo que ainda não foi pensado pelas agências de Relações Públicas.

Mas vamos desmontar a questão. No passado, as agências de relações públicas só tinham de comunicar com Jornalistas e outros empresários ou profissionais de comunicação. Com a web 2.0 isso mudou.

Hoje em dias as agências de comunicação têm de comunicar com bloggers de nicho por exemplo. E nem todos encaixam na categoria de pro-blogger ou adoptam a postura critica desejável. E nem precisam, escrevem sobre o que gostam e são pessoas que podem viver muito bem sem as agências de Relações Públicas.

Quando um relações públicas contacta com um jornalista está numa posição de igualdade. O jornalista está ciente do seu papel e do papel do seu interlocutor. Mas quando não se trata de um jornalista e de um blogger o caso muda. Os bloggers não conhecem o meioe um relações públicas pode facilmente aproveitar-se da posição de superioridade. Da mesma forma, em caso de se sentir enganado o blogger não tem a quem recorrer para reclamar ou pedir justiça.

Já mencionei aqui no Relações Públicas que os bloggers precisam de um código de ética e acho que esse já existe. Apesar de não ser explicito é algo que coordena uma postura de auto-regulação.

Do lado dos relações públicas é que a falha é maior, principalmente em Portugal. Portanto fica aqui o desafio às agências: assumam princípios de ética no relacionamento com os bloggers e comuniquem-nos.

Nem se trata de algo novo, a Ogilvy já tomou essa medida.