Com a tragédia de alguém que estava tão ligado a uma rede de influenciadores, começámos a falar de depressão.

Entre isto e a pandemia que nos fez querer mais contacto humano, temos uma oportunidade de mudar comportamentos.

Quando alguém mostra estar deprimido há reacções de afastamento (nem sempre conscientes);

Há palavras de apoio “precisas de procurar ajuda” (que por vezes se traduzem em “não te consigo ajudar, vai falar com um psicólogo);

“Não penses mais nisso, e anima-te”.

Ao mesmo tempo há todo um estigma de ir ao psicólogo, e isso é culpa nossa.

Vamos experimentar perguntar “Como te sentes hoje?” em vez de “Como estás?”. Porque em geral podemos estar bem, mas há dias que podem ser mais pesados. E vamos perguntar “Como te sentes hoje?” porque “estar”, estamos todos, mas cada um sente à sua maneira.

No resto do diálogo, todos os sentimentos são válidos. Esquecemo-nos disso com facilidade e temos uma tendência muito grande em mostrar ao outro que está errado e dizer-lhe o que tem de fazer.

A única coisa errada é que estamos sempre mais focados em dizer do que em ouvir. Não é por mal, claro.

Tudo isto vai ao encontro do que tem de ser uma preocupação no período em que vivemos: criar empatia e um ambiente de inclusão.

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Bruno Amaral

Sou um Estratega Digital, dividido entre tecnologia e criatividade, a trabalhar para o Lisbon Collective e a ensinar Relações Públicas na …