Com a tragédia de alguém que estava tão ligado a uma rede de influenciadores, começámos a falar de depressão.
Entre isto e a pandemia que nos fez querer mais contacto humano, temos uma oportunidade de mudar comportamentos.
Quando alguém mostra estar deprimido há reacções de afastamento (nem sempre conscientes);
Há palavras de apoio “precisas de procurar ajuda” (que por vezes se traduzem em “não te consigo ajudar, vai falar com um psicólogo);
“Não penses mais nisso, e anima-te”.
Ao mesmo tempo há todo um estigma de ir ao psicólogo, e isso é culpa nossa.
Vamos experimentar perguntar “Como te sentes hoje?” em vez de “Como estás?”. Porque em geral podemos estar bem, mas há dias que podem ser mais pesados. E vamos perguntar “Como te sentes hoje?” porque “estar”, estamos todos, mas cada um sente à sua maneira.
No resto do diálogo, todos os sentimentos são válidos. Esquecemo-nos disso com facilidade e temos uma tendência muito grande em mostrar ao outro que está errado e dizer-lhe o que tem de fazer.
A única coisa errada é que estamos sempre mais focados em dizer do que em ouvir. Não é por mal, claro.
Tudo isto vai ao encontro do que tem de ser uma preocupação no período em que vivemos: criar empatia e um ambiente de inclusão.