conversas da unicerO diálogo entre os bloggers começou no twitter e em menos de uma hora espalhou-se para o Zone41 e para o Planet Geek.Trata-se de uma conferência sobre relações públicas e os blogs, patrocinada pela Unicer que pelos vistos foi descoberta por mim antes do tempo. Quando a vi ainda não tinha conteúdos finais e nem me apercebi ao certo do propósito.

A nmz.pt reagiu depressa e começou a preencher o site com o conteúdo final. Isto tudo em menos de duas horas, se não me engano.

Trata-se portanto de uma conferência onde se coloca a questão: “A blogosfera, um problema para as empresas ou um novo universo para as Relações Públicas?”

A conferência tem uma série de oradores interessantes Bruno Giussani , António Granado , Eduardo Correia , Luís Paixão Martins , Maria João Nogueira e Paulo Querido.

Os problemas surgem no que diz respeito ao timming, à altura da conferência e à forma como colocaram a pergunta. Em vez de se referirem à blogosfera como um possível problema para as empresas, porque é que não se referem à blogosfera como um desafio?

É um detalhe mínimo mas que influencia bastante a postura dos bloggers face ao evento.

Mas a minha pergunta é: a quem se dirige esta conferência? Não sei se os bloggers são o público principal que a Unicer está a tentar atingir. Afinal de contas é um evento marcado para uma tarde de quinta-feira (10 de Abril de 2008).

O site está previsto estar concluído esta sexta feira, dia 28. Parece-me um prazo muito curto para reunir inscrições, mesmo com a exposição que se tem visto nos blogs.

Da minha parte adorava estar presente, mas como outros bloggers que conheço: eu sou trabalhador a tempo inteiro.

Mas em geral, acho a iniciativa positiva. O meu medo é que a Unicer não consiga estimular o diálogo sobre a blogosfera por se referir a ela como um possível problema para as empresas. Vamos ser realistas, esta conversa não pode ser da Unicer, deve ser de todos.

E também não nos podemos esquecer que a Unicer está por trás do concurso de Super Blog da Super Bock. Novamente, foi uma incitiva que também deu os seus passos em falso.

Como última nota, agora já percebo a frase de Luís Paixão Martins no Lugares Comuns.

Ora a verdade é que, no contexto actual, este é um daqueles temas sobre os quais temos mais perguntas do que respostas.

Pois fiquem sabendo que a sempre atenta Joana Queiroz Ribeiro, da Unicer (LPM), nos vai dar a oportunidade de participarmos, em breve, numa ampla discussão sobre este assunto.