Esta é uma resposta directa à provocação amigável do Marco no Bitaites. Sugiro a leitura deste post para perceber o devaneio que se segue.

O Marco está completamente a milhas quando fala da Comunicação, só sabe metade da História. Para começar, o relato que ele nos conta faz com que o leitor pense que a Comunicação não é lá muito inteligente e ainda por cima se deixa enganar.

Nada disso, a Comunicação é uma das mulheres mais inteligentes e bonitas que eu conheço. E isso de ela andar a ser enganada pelo marketing… não é bem assim. Aquela relação já não é nada há muito tempo meus amigos; o marketing tem tido dificuldade em cumprir prazos e resultados. E não me refiro apenas no dia a dia…

Mas adiante…

Não sei porque razão o Marco falou tanto na Propaganda, se calhar foi por causa dos resultados da operação. Por causa dessa distracção não saio dali um piu que fosse sobre o bom da Fita: O Relações Públicas.

É um tipo bem parecido, com um sorriso timido e uns olhos que dizem “estou aqui para te ouvir”. O sonho de qualquer mulher, seja de dia ou seja de noite.

O Relações Públicas e a Comunicação conhecem-se desde miúdos — há ali uma atracção inegável. E o Relações Públicas nunca lhe falhou. Perdeu foi a primeira batalha com a chegada do Marketing, cheio de promessas e sonhos. Foi culpa da falta de versatilidade inicial, porque há sempre muitas questões de ética e deontologia. Mesmo no jogo de guelas entre o Marketing e o RP para ver quem levava a Comunicação andar de Baloiço! (Sim, esta história já vem de há muitos anos…) O Marketing violou as regras e usou um abafador quando o Relações Públicas estava distraido.

Hoje em dia já são os três crescidos, e a Comunicação aproximou-se novamente do Relações Públicas. Trabalham os dois numa empresa onde têm várias funções. Desde acções de lobby, partilha de informação com os jornalistas, organização de eventos, campanhas de comunicação, pesquisa de apoio à decisão …

As áreas em que a Comunicação e o Relações Públicas conseguem trabalhar são imensas! E o Marketing não consegue ter a classe necessária para campanhas de comunicação de interesse público por mais que tente.

É preciso um toque e uma empatia especial como só o Relações Públicas e a Comunicação têm em conjunto. Por isso é que eles passam grandes serões a trabalhar em equipa, almoçam juntos e partilham sorrisos de cumplicidade entre chávenas de café.

E porque é que o Relações Públicas não conta à Comunicação sobre a traição do Marketing? Ele sempre foi o lado bom da força, não vai ser agora que se vira para o lado negro. Não se esqueçam que a Comunicação não é parva e que a Propaganda não sabe ficar calada. Mais tarde ou mais cedo tudo se há-de descobrir