Não posso adiar este post mais vez nenhuma.

Hoje estava a ler o Macacos Sem Galho, onde se tocou num tema que ainda por cima já tinha comentado com uma professora. Façam como eu fiz, esqueçam o tamanho do texto e leiam.

Basicamente, fala-se de como as aulas costumam estar muito longe daquilo que esperamos. Ou porque os professores param no tempo, ou porque os programas não falam das técnicas e ideias de que gostamos.

Eu nunca me preocupei muito com os colegas que se queixavam de falta de prática, nem com os professores que argumentavam a favor da teoria. Quando quis práticar jornalismo escrevi para o jornal da faculdade, durou pouco porque quis aprender a gerir eventos e ajudar o núcleo de comunicação social. Quando quis aprender programação web, criei-lhes um website e mais tarde dei por mim a querer aprender um bocadinho de fotografia.

No mestrado não mudou muito, com a diferença de que foi escolhido com mais ponderação do que a licenciatura.

Mas o que vale mesmo a pena são os colegas, os convidados e as trocas de ideias com os professores. Ao longo do mestrado já tive oportunidade de conhecer alguns dos melhores profissionais possíveis. O professor Toni Muzi Falconi, David Phillips, sem esquecer claro a professora Anne Gregory e Rose-Marie Losier da DIRCOM. [update – Esta aula tive de faltar. Mas tive acesso aos apontamentos dos colegas e arrependi-me…]

Foi por causa deles que decidi pegar nas malas e ir até Bruxelas para o Euroblog. Onde novamente tive oportunidade de partilhar ideias com uma série de professores verdadeiramente interessantes.

E o ano ainda vai a meio. Vou ter a chance de ter uma aula com o professor Gregory Payne e com o Dr. Sebastião Lobo.

Os colegas? Bem até agora já me ensinaram mais na troca de emails e nas conversas do bar do que eu esperava ser possível em tão pouco tempo. E são os colegas que fazem valer a pena as tardes passadas a terminar trabalhos, os horários de trabalho de 16 horas e as noites mal dormidas.

Portanto, aulas? Programas curriculares? Gosto muito deles, mas é quando se aproveitam bem estas oportunidades que a educação ganha sentido e arrasa com as quatro paredes.


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Bruno Amaral

Sou um Estratega Digital, dividido entre tecnologia e criatividade, a trabalhar para o Lisbon Collective e a ensinar Relações Públicas na …