Recentemente tem-se falado do crash das dotcom e da evolução da web 2.0. Diz-se que a bolha da web 2.0 está prestes a rebentar. E a razão para isto é o que se passou quando as primeiras empresas começaram a investir em negócios online.
Eram projectos demasiado ambiciosos e falharam por isso mesmo. Mas não sem antes conseguir reunir investimentos significativos.
O Micropersuasion foi o primeiro blog que li a abordar este tema. E recentemente, o tecbiz.blogprofissional.com.br também.
O que despoletou estas preocupações foram os valores astronómicos que algumas empresas arrecadaram ao ser compradas pela google ou pela yahoo. E faz todo o sentido que haja vozes a pedir cautela.
No entanto acho que a Web 2.0 já fez algo mais importante do que criar novas formas de negócio. Mostrou-nos que o relacionamento entre pessoas pode prosperar mesmo nos meios mais frios. E que a produção de conteúdos mais acessível nos traz benefícios. Aprendemos uns com os outros.
Obrigou-nos a repensar as questões de cidadania e da privacidade, fez-nos concentrar em modos de melhorar a nossa qualidade de vida pela tecnologia. Isto acontece pelo simples facto de termos um acesso facilitado à informação. Em vez de recolher factos frios, conseguimos contactar o autor ou contribuir para relacionar esses factos com informação relevante.
A nossa forma de relacionamento em sociedade mudou. E isso vai ter impacto na educação, na forma como surgem as notícias e no modo como as organizações funcionam e escutam os seus públicos.
Para mim, a ênfase da web 2.0 não deve estar nos negócios, mas nas novas formas de relacionamento entre pessoas, grupos e organizações. São essas redes que vão determinar o sucesso ou fracasso de investimentos online e offline. Podem servir de fio de prumo para acções de divulgação ou construção de marcas.