Já falámos de obstáculos à comunicação. Este post não se afasta do tema, refere-se a adaptar o discurso consoante o público.

É comum um Relações Públicas ter de se dirigir a pessoas com formações e cargos diferentes. Podem ser informáticos, psicologos, médicos… não importa. Conforme a formação e contexto em que a pessoa se insere, muda a forma de perceber as coisas. Mesmo quando todos concordam com algo, diferem na linha de pensamento que seguiram.

A título de exemplo: uma pessoa aproxima-se de um vendedor e pergunta pelo windows vista. Se for um informático, faz as perguntas com todos os termos apropriados e recebe a resposta em menos de 2 mns de conversa. Já um pai que só quer que o filho tenha o novo windows vai perder mais tempo a tentar perceber se o computador lá de casa suporta o windows vista. Há uma série de pormenores que ele não sabe e nem quer saber. Interessa-lhe é comprar a versão indicada.

Ou seja, para cada um dos casos usamos mensagens diferentes. Mas a percepção final vai ser a mesma: ambos ficam a saber qual é a versão do windows vista que precisam de comprar.

Por outro lado, há alturas em que temos mesmo de ser pacientes e dar uma pequena iniciação do tema ao nosso interlocutor. Só depois é que vamos conseguir dar-lhe uma resposta satisfatória.

Isto tudo para explicar que um RP nesta ou em situações semelhantes, tem de ser um pouco professor e tradutor. Tem de saber traduzir a mensagem para um contexto que o público alvo compreenda. E por vezes tem de ensinar algo novo antes de transmitir a informação que interessa ao seu público.


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Bruno Amaral

Sou um Estratega Digital, dividido entre tecnologia e criatividade, a trabalhar para o Lisbon Collective e a ensinar Relações Públicas na …