Enquanto que na televisão existe Prime Time, na rádio temos Drive Time. A altura em que as pessoas se colocam a caminho do emprego, de carro ou de transportes públicos.

Quanto maior é a viagem, maior é a necessidade de ter um rádio, um leitor de CD’s ou de MP3, ou qualquer coisa para ler. Mas esta viagem é sempre diferente. Quantos de nós não têm histórias de uma vez passei não sei quantas horas no trânsito ?

O Drive Time é maior nuns dias do que noutros. Já cheguei a passar 3 horas no trânsito para fazer um trajecto de 30 mns. No inicio contentava-me em ouvir rádio. Ultimamente recorro ao leitor de mp3, seja para música ou para podcasts. Os modos de funcionamento da rádio não estão prontos para lidar com períodos de Drive Time mais longos. Por isso ouve-se música e um ou outro anúncio. Nunca ouvi um locutor interromper a playlist para dar indicações de trânsito que não estejam prevista na agenda. Seria também interessante ouvir um talk show ou um concurso de rádio colocado no ar durante estes imprevistos.

Uma audiência cativa, em pulgas por algo que a distraia nas três horas de caminho até casa. Será que a música chega ? E se as rádios patrocinassem os transportes públicos ?

Há novos concorrentes no drive time: leitores de mp3 e a televisão móvel. Por isso faz sentido que se comecem a pensar em novos modelos de rádio. Mais dinâmicos, adaptados ao dia a dia do ouvinte e não só às conclusões dos estudos de mercado.