al ries report iphone

Já falei aqui sobre o livro de Al Ries. Hoje encontrei o site Ries Report através do blog Toma e Embrulha.

Do que li do livro, Al Ries tem um visão muito interessante do marketing e das Relações Públicas. No entanto parece-me que exagera um pouco em alguns casos. No livro há um exemplo curioso disto, Al e Laura Ries sugerem que a Guatemala mude de nome para Guatemaia. Como forma de evidenciar a herança Maia da cidade.

Eu compreendo que o nome de um produto é importante na sua divulgação, seja por publicidade ou relações públicas. Mas trata-se de uma cidade, de um nome cheio de significado cultural. Não podemos mudar-lhe o nome só para atrair turistas.

No Ries report, Al Ries fala do iPhone e afirma que o mesmo irá falhar. Talvez, é bem possível mas não é pelas razões que ele enumera. Ries diz que o mercado informático é feito de divergências e não de convergências. Ou seja, há uma tendência a que surjam mais dispositivos e escolhas. E esses dispositivos divergem no que diz respeito às suas funções.

Vamos resumir-nos a factos. O iPhone vai competir no mercado de SmartPhones, telemóveis que são agendas pessoais e dispositivos de acesso à internet. Do que vejo em Portugal, este género de telemóvel destina-se a um público alvo com um bom poder de compra e com empregos onde o acesso à informação é importante. Vendem-se menos, são mais caros e não se destinam a toda a gente.

Neste mercado, o iPhone será um dos telemóveis mais caros. A vantagem dele está em unir Música, Vídeos, Fotos e Internet com um interface inovador por ser sensível ao toque. O que o iPhone faz, é reunir no mesmo dispositivo todo o género de conteúdos multimédia. Trata-se de convergência de conteúdos. Al Ries refere a divergência de dispositivos. São duas coisas diferentes e é por isso que não concordo com a posição apresentada no vídeo.

Cada vez vemos mais formas de comunicar entre dispositivos diferentes. Refiro-me a bluetooth, infravermelhos e todo o género de protocolos de redes. Concordo que há uma divergência de dispositivos, mas os conteúdos são cada vez mais fáceis de transportar entre dispositivos diferentes. É isto que o iPhone faz, reúne conteúdos. Não é necessariamente um dispositivo divergente. Só é divergente no que toca ao interface sensível ao toque.


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Bruno Amaral

Sou um Estratega Digital, dividido entre tecnologia e criatividade, a trabalhar para o Lisbon Collective e a ensinar Relações Públicas na …