O Inquérito de Opinião pode ser uma das melhores ferramentas para Relações Públicas.
No entanto tenho visto vários erros que não se compreendem quando se usa este tipo de ferramenta. O meu top 10 é o seguinte:
- Inquéritos demasiado longos
- perguntas que induzem a resposta
- instruções pouco claras
- frases pouco objectivas
- perguntas difíceis de codificar para a base de dados
- perguntas mal ordenadas
- falta de formação e profissionalismo dos entrevistadores
- Métodos de aplicação pouco científicos
- Amostras mal determinadas
- linguagem pouco clara
Os Inquéritos demasiado longos são o caso mais caricato. Um inquérito a ser preenchido sem a ajuda do entrevistador não deve ter mais de 1 folha, frente e verso. Aceitam-se 3 páginas se a última tiver apenas as perguntas de carácter nominativo. A idade, o sexo, estado civil …
Se um questionário for preenchido por um entrevistador formado, então podemos ser mais liberais no tamanho mas nunca exceder os 10/15 mns. Mas neste caso é preciso dar uma boa formação aos entrevistadores. Já cheguei a fazer inquéritos e percebi que:
- A postura do entrevistador faz toda a diferença;
- É preciso bastante disciplina para seguir os métodos científicos de aplicação do questionário.;
- A própria forma como o entrevistador coloca as perguntas induz as respostas;
Em termos de aplicação. Quando realizei os inquéritos seguimos um percurso aleatório, seguindo regras pré-estabelecidas. Além disso, ao contrário do que normalmente acontece, havia regras para escolher o andar e a porta. Por exemplo, tínhamos uma tabela onde escolhíamos o andar com base no número de andares (se não me falha a memória). Se num prédio de 10 andares nos calhava o 3º andar e ninguém respondia ao questionário, só podíamos tentar novamente no 2º, 1º andar e r/c.
Há uma série de métodos de aplicar o questionário que o tornam mais cientifico e menos chato para as pessoas que respondem. O que torna difícil a aplicação de inquéritos é a falta de profissionalismo de outras empresas de opinião pública ou de marketing.